Inteligência de mercados, a chave da sustentabilidade por Leandro Izquierdo

Em tempos de era digital, de Millennials e Centennials, a prática da ciência da pesquisa de mercado está em constante evolução, ao ritmo de um mercado em busca constante de insights que permitam a diferenciação num mercado em constante transformação onde a informação está acessível para todos em tempo real e num volume difícil de ser assimilada.

As empresas de pesquisa utilizando métodos de pesquisa inovadoras estão deixando o passado de serem simples fornecedores de informação. O uso da neurociência, a gestão de Big Data, e de métodos de coleta através de meios e ferramentas digitais, entre outros, tem complementado os métodos tradicionais como as entrevistas presenciais e telefônicas, os “focus group” e as entrevistas com profundidade. Este novo enfoque busca estar a altura dos avanços científicos e tecnológicos dos mercados, do novo consumidor e das necessidades das organizações que buscam transcender nos mercados. Não obstante, o grande desafio para as empresas não é apenas inovar, é se tornar a mão direita das organizações em constante evolução, através de métodos e processos que ofereçam insights, que administre crises e que construam planos a curto, médio e longo prazo, propiciando um sistema de inteligência de mercado que assegure a sustentabilidade do negócio no tempo.

Criar uma cultura e implementar um sistema de inteligência de mercado tem sido o grande desafio das grandes organizações nos últimos tempos. O processo tem como antecedentes os estudos de mercado e os departamentos de pesquisa dentro das estruturas de marketing. A inclusão da responsabilidade de elaborar projeções de vendas, cenários e, portanto, a estimativa do tamanho de um mercado e as unidades de marketing, departamentos que tradicionalmente se administravam com base em indicadores como Market Share, Top & Share of Mind, resultados de vendas, entre outros; levou inevitavelmente a ter um perfil de profissionais com conhecimento não apenas em planejamento e marketing, mas também em finanças, operações e processos de produção, para assim tomar o comando do futuro do negócio. Essa mudança exigiu desenvolvimento de competências adicionais da parte das empresas de pesquisa de mercado sobre o tipo e a profundidade da informação que se requer para projetar um negócio.

Esse novo cenário muito dinâmico tem para as organizações um aliado natural nas empresas de pesquisa que devem conhecer o negócio, trabalhar lado a lado para construir cenários baseados em insights com informações de qualidade que permitam modificar o mercado e crescer. As empresas de pesquisa crescerão se as marcas e negócios crescem baseados em seus sistemas de inteligência de mercado apoiados por seus subsistemas de fornecimento de informações.

As afirmações até então expostas reafirmam a tendência de crescimento do setor, de sua preponderância em uma Era onde o volume e a rapidez tende a sacrificar a qualidade da informação, o que faz fracassar as grandes ideias e aumentar a distância das melhores empresas, nas quais seus processos de inteligência são o maior fator de sucesso.

A pesquisa de mercado como ciência especializada tem e sempre terá muitos desafios, hoje é produto do passado e o amanhã que se constrói hoje.

Sobre o autor

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Leandro Izquierdo, administrador de empresas e professor com ampla experiência em diversas universidades em cursos de Graduação e Pós-Graduação. Conferencista internacional em países como Panamá, República Dominicana, Venezuela e Colômbia e articulista com diversos trabalhos publicados em mídias especializadas. Experiência gerencial e como consultor de multinacionais nas áreas de Marketing, Inteligência e Pesquisa de Mercado. Atualmente é Diretor Executivo da Associação Colombiana de Empresas de Pesquisa de Mercado e Opinião Pública (ACEI – Asociación Colombiana de Empresas de Investigación de Mercados y Opinión Pública)

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