Empreendedor que começou em casa passa a exportar | Tec Mobile
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Por Tec Mobile Tempo de Leitura: 3 minutos

 

Quando comecei a empresa, na mesa da cozinha do meu apartamento, não imaginava aonde poderia chegar, mas tinha certeza que era isso o que eu queria. Eu me considero uma pessoa um pouco inquieta e, embora tenha sido muito feliz na minha carreira de advogado, tendo atuado por mais de dez anos em grandes empresas, desde criança pensava em ter o meu negócio.

Estou certo de que o desejo de empreender nasceu por vontade de ter um pouco mais de liberdade, correr os riscos por conta própria, ou seja, se eu fracassasse ou tivesse sucesso, a culpa ou o mérito seriam exclusivamente meus.

Um dia assistindo a um programa de TV sobre empreendedorismo, vi uma matéria que falava sobre aluguel de tablets e achei um negócio interessante por ser diferente dos tradicionais. Comecei a pesquisar o mercado, vi que ainda tinha espaço para crescer e decidi arriscar. Saí da empresa em que trabalhava havia cinco anos e assim nasceu a Tecmobile.

A transição do Direito para a vida empresarial foi difícil. Enfrentei barreiras até dentro da minha própria família. Não venho de uma família de empreendedores, são todos simples, com pensamento conservador e mesmo depois que a minha empresa já dava sinais de que era promissora, minha mãe sempre me aconselhava a parar e buscar um emprego. Mas eu tinha absoluta tranquilidade com relação ao que estava fazendo e creio que essa foi uma das melhores decisões que tomei na minha vida.

No começo eu fazia tudo sozinho: atendia telefone, vendia, embalava, levava, buscava os tablets, instalava os programas e cuidava do site. Fiquei dessa maneira por nove meses até que eu pudesse alugar uma sala comercial.

Imagina eu com dois filhos pequenos, com quase 100 tablets espalhados pela casa para carregar a bateria? Tinha tablet no banheiro, lavanderia, cozinha, em toda a casa. E eu ainda tinha que ficar vigiando para que nenhum deles pisasse num dos equipamentos, pedia silêncio para eles quando o telefone tocava, enfim, não foi fácil.

Quando decidi profissionalizar mais a empresa, busquei o Sebrae e nunca mais larguei. Fiz Empretec, vários cursos sobre marketing, vendas, Na Medida, Sebrae Mais, inúmeras palestras e ainda participei de uma missão internacional para uma feira de varejo, que abriu muito a minha mente: uso todos os dias os ensinamentos aprendidos.

Tive oportunidade de me conectar às grandes novidades relacionadas à tecnologia, que uma hora vão desembarcar no Brasil, e que me ajudaram a abrir minha visão e me certificar que estava no caminho certo.

Hoje, após quatro anos de empresa, estamos experimentando um momento muito esperado: de consolidação. Crescemos, de 2012 a 2015, a uma taxa média de 170% ao ano, um número espetacular. Digo sempre ao meu time que estamos vivendo aqui um milagre, fruto de muito trabalho, e isso só está acontecendo porque coloco todos os dias o meu coração aqui dentro, e acho que é isso que todo empreendedor que deseja o sucesso deve fazer.

Essa crise econômica, que graças a Deus não atravessou a nossa porta, nos exigiu muita atenção para superar desafios e nos manter firmes, e isso nos torna mais sólidos para fincar os pés no chão e conquistar o que a gente ainda quer.

No próximo mês embarcaremos para uma viagem internacional porque acho que chegou a hora de voar mais alto, pegar o que a gente faz aqui com algumas empresas multinacionais, que têm escritórios na América do Sul, e ofertar nosso serviço para esses países. Buscamos apoio de um programa do governo do Estado, que ajuda pequenos negócios a se internacionalizarem. Nossa primeira escala será na Colômbia, mas, para quem tem a paixão como o combustível do negócio, o céu é o limite.”

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